O TAMBOR UDU é uma bilha ou pote de argila feito à mão, adaptado pelas tribos africanas que vivem junto dos rios no centro e no Sudeste da Nigéria. A diferença é que, além da abertura normal duma vasilha, tem também um buraco lateral com cerca de 4 centímetros de diâmetro.
O nome UDU tem origem no dialecto Ibo da Nigéria. No entanto, o nome depende das cerimónias e das áreas das tribos nas quais é usado. Outro nome que pude recolher das pesquisas que fiz é “ABANG MBRE”. Actualmente, UDU DRUMS, é o nome pelo qual é mais conhecido entre músicos.
Quando usado em cerimónias religiosas, algumas tribos acreditam que o som emitido pelo o UDU é “a voz dos seus ancestrais”.
O TAMBOR UDU não faz parte dos membrafones, mas sim dos aerofones e idiofones.
Em África, a técnica para tocar o UDU varia muito de região para região e entre os tocadores. Contudo, baseia-se em tocar, batendo alternadamente com as palmas das mãos ou os dedos, sobre diferentes pontos da superfície bojuda, no buraco lateral, na base ou na boca da bilha.Consegue-se assim produzir diferentes tons e volumes de som. Destapando mais ou menos a abertura principal com a palma da mão, enquanto se toca com a outra, também é possível modelar a pressão do ar e obter, deste modo, um surpreendente e enigmático vocabulário sonoro.
Existem vários tamanhos e modelos. Os mais pequenos são tradicionalmente tocados por mulheres em encontros sociais para acompanhar canções folclóricas tradicionais.
Curiosamente, alguns grupos folclóricos portugueses de Peniche, da Nazaré, do Bombarral, da Guarda, etc., usam o cântaro com abano - “grande quarta de barro” - sem buraco lateral.
É tocado com um abanador na abertura, produzindo um som grave que reforça o acompanhamento rítmico.
Podem constituir-se grupos de dois ou mais participantes e produzir ritmos simples ou complexos nos quais um tocador experiente pode improvisar intricados solos sobre um “desenho” rítmico predeterminado ou improvisado.
Com paciência e criatividade é possível manufacturar diferentes formas e acabamentos com imagens ou desenhos coloridos.
Com dimensões variadas podem produzir-se diferentes tons, entre o agudo e o grave.
Desenvolvi 4 tamanhos, cujas formas não são muito diferentes das tradicionais, que designo por soprano, alto, tenor e baixo que, grosso modo, correspondem, respectivamente, a uma voz aguda, média, grave e baixa.
O conjunto de UDUS da foto faz parte de alguns modelos que concebi.
Porque o ritmo é inerente e indispensável à vida, tocar, fortalece e unifica o corpo, a mente e o espírito.
Individualmente ou em grupo, TOQUEM!
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Luís Oliveira
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